Dizem-se “um Grupo de Amigos com
alguma experiência na modalidade” e decidiram vestir uma nova cor,
um novo emblema. Nasce assim a Associação Desportiva do Mondego –
Ori Mondego, coletividade toda ela focada na atividade e formação
desportiva em geral e mais particularmente na modalidade de
Orientação. Fundada em 18 de novembro de 2014, a sua apresentação
pública teve lugar na noite de ontem, na Figueira da Foz.
O belíssimo Paço de Tavarede foi o
local escolhido para a apresentação pública duma nova coletividade
desportiva cujo foco principal incide sobre a modalidade de
Orientação. Uma coletividade que surge “fruto da paixão pelo
desporto em geral e pela Orientação em particular” e que se
apresenta com o objetivo claro de ser um “polo dinamizador e
congregador de iniciativas e práticas desportivas” e, ao mesmo
tempo, servir de “agente divulgador das potencialidades e
características da Região do Baixo Mondego para a prática de certo
tipo de desportos, como por exemplo a Orientação.”
Em dia de festa, o Orientovar foi ao
encontro da Associação Desportiva do Mondego – Ori Mondego e
falou com o seu Presidente da Direção, Rui Mora. É dos
principais momentos duma conversa onde trabalho, princípios e
valores são elementos de referência num futuro que se abre pleno de
esperança, que lhe damos conta, aqui e agora.
Uma “escola” desportiva de
qualidade
Na
conjuntura atual, o aparecimento dum clube de Orientação não pode
deixar de ser considerado um ato de coragem. Numa altura em que a ADM Ori Mondego dá os primeiros passos, Rui Mora começou por enunciar, de
forma muito clara, os princípios
e objetivos que norteiam a vida do clube: “Queremos abraçar novos
desafios, constituindo-nos como polos dinamizadores de iniciativas e
práticas desportivas. Isso passa por trabalhar para e com uma
população heterogénea de modo a reforçar e valorizar princípios
e valores, mas passa também por nos apresentarmos como “escola”
desportiva de qualidade pela partilha e reforço do espírito de
grupo”, diz. “Organizar eventos em parceria com as comunidades
locais e escolas, participar na organização de eventos nacionais e
internacionais e funcionar como agente divulgador das potencialidades
e características da Região do Baixo Mondego para a prática de
certo tipo de desportos, como por exemplo a Orientação” são,
igualmente, objetivos da ADM, de acordo com as palavras do seu
Presidente.
Para
trás fica a Secção de Orientação do Ginásio Clube Figueirense e
um vasto registo de momentos particularmente marcantes e que em muito
dignificaram a Orientação nacional. Sobre este assunto, contudo,
Rui Mora mostra-se parco em palavras, limitando-se a referir que “na
origem desta nova Associação está um Grupo de Amigos unidos e com
a paixão pelo desporto e pela Orientação em particular.” Em
relação ao Ginásio, deixa uma palavra de agradecimento “por todo
o apoio prestado no tempo que por lá passei”, expressando
igualmente o desejo “que a sua Secção de Orientação continue
viva, dinâmica e com grandes êxitos.”
“Gente unida e com uma grande
capacidade de luta”
Mas
afinal que gente é esta que agora abraça o desafio de arrancar com
um novo clube? “É gente unida e com uma grande capacidade
de luta”, refere Rui Mora, vincando que “são cerca de trinta
atletas que decidiram fazer o seu percurso na nova época, num
projeto novo e aliciante.” Lembrando que todos os elementos possuem
atrás de si “alguns anos de participação em eventos de
Orientação” e o desejo comum de “assim continuarmos juntos”,
aquele dirigente pretende, desde já, reforçar as suas fileiras:
“Estamos, naturalmente, abertos a todos as atletas que se quiserem
juntar a nós, vindos eles de onde vierem, e claro não podemos
excluir os do Ginásio”, afirma.
Dar os passos certos e com a calma
necessária são imperativos do novo clube, uma vez que “começar
do zero neste tempo de crise financeira não se vislumbra tarefa
fácil”, conforme afirmam os seus responsáveis. É desejo expresso
de Rui Mora e de toda a equipa que o acompanha “formar jovens
atletas de carater, com vontade de vencer, mas acima de tudo, que no
futuro sejam eles os nossos dirigentes e continuem a ser o garante da
Associação.” Mas vai mais longe: “Queremos captar novos atletas
para a modalidade da Orientação, organizar eventos de qualidade e
começar a dar os primeiros passos nas competições da Federação
Portuguesa de Orientação”.
“Os apoios financeiros não são
muitos”
Em Entrevista dada ao Orientovar e aqui
publicada no já distante primeiro de outubro de 2012 [ver AQUI],
Rui Mora afirmava não haver dinheiro para fazer Orientação em
Portugal. Os anos passaram mas a situação não se alterou pelo que
os apoios financeiros continuam a ser escassos. A este propósito,
refere: “Temos de sobreviver com trabalho, mas já temos algumas
parcerias com instituições e empresas privadas da zona Centro e
temos também o apoio, desde o primeiro momento, da Camara Municipal
da Figueira da Foz, da Associação das Coletividades da Figueira da
Foz e da Federação Portuguesa de Orientação.” A isto acrescenta
“o apoio dos clubes de Orientação, os quais têm manifestado por
diversos meios o seu agrado com a nova Associação.”
Se fosse possível, com um simples
estalar dos dedos, colocar de parte um problema ou uma dificuldade,
qual seria a eleita? A resposta de Rui Mora solta-se, espontânea: “A
Dificuldade Financeira”, diz.
“Motivados como hoje, Dinâmicos
como sempre”
A
Associação Desportiva do Mondego – Ori Modego está a
nascer com a Orientação, mas não fecha as portas a outras
modalidades e actividades, tudo dependendo sempre da sua
sustentabilidade. Competir em Campeonatos Nacionais, designadamente
da Federação Portuguesa de Orientação, responder afirmativamente
ao convite da FPO para integrar o Comité Organizador do Campeonato
da Europa na variante BTT 2015 e organizar o 1º Ori Rally Mondego,
uma prova de Estafetas, fazem parte da agenda do clube para o próximo
ano. Mas há mais, conforme explica Rui Mora: “Teremos todo o gosto
em estar presentes na Orientação de Precisão em 2015, pois o nosso
Vice-presidente, António Neto, vai estar a fazer formação nessa
área específica dentro de dias.”
O que
será a ADM dentro de um ano ou daqui a cinco anos é algo que
pertence ao domínio da futurologia. Mas Rui Mora não esconde as
suas expectativas: “Espero ver uma ADM a crescer de
forma realista, mas que dentro de um, cinco ou mais anos, continue
com este grande Grupo de Amigos, Motivados como hoje, Dinâmicos como
sempre e juntos a reviver a história da sua passagem por uma
Associação que se espera duradoura no tempo”, afirma. Para
o novo clube, agora que estamos a chegar ao Natal, Rui Mora elege a
título de “prenda no sapatinho”, um bolo-rei e uma
garrafa de Vinho do Porto. Objetivo: “Partilhá-los com este Grupo
de Amigos.”
As palavras do Presidente da FPO
As palavras do Presidente da FPO
A propósito do surgimento do novo
clube, o Orientovar auscultou a opinião de Augusto Almeida,
Presidente da Federação Portuguesa de Orientação. Nas palavras daquele dirigente, “a Orientação ganha sempre com o surgir de
novos clubes vocacionados para a prática da modalidade, ainda mais
quando o núcleo fundador tem por base um grupo de praticantes com
provas dadas no amor e dedicação à modalidade como é o caso.”
E, a terminar, um voto: “Que o futuro do Ori Mondego seja de muito
trabalho, recompensado com sucesso”.
Para mais informações sobre a
Associação Desportiva do Mondego – Ori Mondego consulte as
páginas http://www.admondego.pt, https://www.facebook.com/pages/Associação-Desportiva-do-Mondego/860246773995493?fref=ts, utilize o e-mail adm.orimondego@gmail.com
ou ainda os contactos de telemóvel 917270453, 967765378 e 963413896.
Saudações orientistas.
Joaquim Margarido